É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol
É pereba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumueira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão,
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
Pau, pedra, fim, caminho
Resto, toco, pouco, sozinho
Caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração.
7 comentarios:
he sido una niña aplicada y he escuchado la conversación que recomiendas
a Eugenio lo esperaré pacientemente y veré-escucharé-disfrutaré de todo lo que traigas de ese encuentro
de Carlos de Hita he encontrado su archivo de sonidos, por aquí te lo dejo por si gustas (o gustan) escuchar algo en especial
http://www.elmundo.es/especiales/2008/05/ciencia/sonido_naturaleza/archivo.html
... seguiremos buscando disfrutar de las cosas que nos satisfagan de alguna forma, aunque cada vez sean menos
un beso, curioso Manuel
"No puede haber paz mayor"...
El murciélago maullando, las golondrinas trisando, las marmotas silban y ladran... Diálogos interminables.
Eugenio dice que "ya te contaré"... y cuenta. Y me deja "apensando" que no hay síntomas de que lleguen las lluvias porque no hay hormigas en los caminos y las piedras están secas...
Sempre se precisa das
Augas de março,
É a vida, é o sol
É a noite, é a morte,
é o laço, é o anzol...
É Promesa de vida no teu coraçao
Un abrazo, de corazón
Todo el archivo ha resultado no solo interesante.Es entrañable acercarse a los archivos sonoros de la naturaleza,a esa fotografía sonora que pocos saben capturar.
Me gusta el trizar de las golondrinas ,bella palabra,y los Mochuelos(debo enterarme cuales son).
De Eugenio todo un personaje.De aquellos que conviven y conocen el entorno que les rodea y les da de vivir,resulta cercano, cálido y sabio.
Por estos lados ahora llueve a cantaros,con un viento que resopla, pero es trópico, al final quizás la tarde termine clara.
Aunque no tenemos cerezos,y aun cuando se supone no debe llover en Marzo ,ya se ven algunos Apamates en flor,pero los que más me gusta es la primavera de oro de los araguaneyes,tomando en cuenta que nosotros solo tenemos dos estaciones estos deberían florecer en Mayo.
Águas de Março...Bella canción,tiene sentido universal y eso la hace especial.
P.D: críptico ...Para un escritor no es bueno.Cómo qué pocas cosas satisfacen ya?.
Esperaremos por Eugenio.
Abrazos.
Carmen no menos curiosa, Eugenio ya me ha dicho que cuando quiera ir por Robladillo está dispuesto a charlar largo y tendido sobre la tierra.
Toda una oportunidad esta gente para poder conversar y extraer sabiduría.
Volveré con él.
Besos.
Shandy, tu corazón es una canica viva que quiere tierra y guas reposados. Aguas de Marzo será nuestra, pero repartimos.
Un beso.
R., el muchuelo ve tanto de noche como de día. Mochuelo, por mi tierra se solía usar cuando te querían decir que eras un poco bobo y no te enterabas de mucho. Pero el verdadero mochuelo es el personaje protagonista de una bellísima novela de Miguel Delibes titulada El camino: Daniel el Mochuelo, llamado así desde niño por su ávida forma de mirar.
Ya he visto por la red esos dos tipos de árboles que has señalado y que han florecido con adelanto. Suerte tenéis allí con los bosque tropófilos y con las mantas de agua que os caen. Has visto, R, Eugenio es más reposado que Florentino.
Ya veremos a Eugenio con pelos y señales.
Un beso llano, o del llano venezolano.
augas de março en abril, menos mal...
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